
Nesta exposição os caminhos do olhar levam-nos ao Pico, majestosa Ilha Atlântida. Ali, traços de negro e cinza contrastam com fortes pinceladas verdes e azuis; de toda a terra exalam perfumes antigos, de lava incandescente e prados húmidos e viçosos. Do seio da ilha-mãe, misteriosa e trágica, nasce a montanha; ora oculta por densas nuvens ora resplandecente no ar azul, ela é o centro, princípio e fim, eterno e doce retorno.
A ilha aparece, assim, como lugar de memórias inscritas na lava, filtrada por um olhar onde habita a melancolia. Em boa verdade, embora a melancolia procure reinar, existe nestes registos fotográficos um espaço vazio, um silêncio, um sentido antigo que cabe a cada um de nós descobrir. O drama está lá. A ilusão também.
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