Está patente durante o mês de fevereiro a exposição ‘Atlas’, de Frederico Malaca, que é um projeto que tem de base um grande volume de imagens cuja produção se tem desenvolvido nos últimos anos. O desafio que Atlas encetou contra Zeus, não é diferente daquele que Frederico Malaca impôs à fotografia. Ainda sem a derrota à vista, mas já com semelhante castigo, também ele suporta às costas, não o mundo como Atlas, mas a responsabilidade da construção do seu mundo. 
Apesar de um mapa ser uma ajuda importante para referenciar ou orientar, não contém toda a informação que uma determinada área tem para oferecer. Essa informação, que é dotada da capacidade de provocar quem a consulta, reage de forma a permitir o abandono da racionalidade, a estabilidade e a solidez na busca de um trajeto pessoal no campo das sensações e emoções.
“Atlas” é um projeto que dá ao leitor/espetador a possibilidade de entrar no mundo que o autor tem vindo a edificar ao longo dos últimos anos através da fotografia. Um trabalho sobre o quotidiano, uma tentativa de representação do mundo contemporâneo.
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