quarta-feira, 28 de maio de 2025

Três exposições inauguradas no âmbito da programação do 23º aniversário do CAE

O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz informa que, no âmbito da Programação do 23º Aniversário do CAE, irá ter lugar, no próximo fim-de-semana, a abertura das seguintes exposições:

“Remoinhos e Ventanias” de Selma Pimentel, Sala Zé Penicheiro | de 31 maio a 29 junho
“Remoinhos e Ventanias” é uma mostra de arte solta, que apresenta trabalhos e criações desenvolvidos - em linha temporal - nos últimos anos, como ilustradora portuguesa, expatriada, viajante e mãe. As raízes lusitanas e o que absorvi ao viajar e viver em diferentes países, desde encomendas de retratos e projetos para diferentes tipos de clientes a trabalhos mais privados, observações e inspirações que retirei por onde passei.

As viagens, com inevitáveis novos e maiores desafios, as adaptações e readaptações, as mudanças de país, cidades, ruas… surtiram um efeito de remoinho na minha arte.

As cabeças de vento alegres e coloridas tornaram-se mais sombrias e introspetivas, entre as ruas góticas de Antuérpia. Surge um traço mais negro e carregado e começo a explorar com temas da literatura gótica, misturando um sobrenatural de inspiração nórdica com o folclore português.

Em Taiwan, na capital pitoresca de Taipei, a Luz quente do sol oriental e a inevitável inspiração japonesa, com a juventude que se vive na arte e cultura taiwanesa, voltaram a trazer cor às minhas ilustrações. O exotismo da ilha mesclado com a tecnologia trouxe temas novos, e tal como o meu novo papel de mãe criaram o maior impacto na minha visão do mundo que vivi até hoje. Nada voltará a ser o mesmo. E estarei sempre pronta para novas aventuras - mas nada, creio eu, será mais positivamente grandioso que ser mãe, num país estranho, numa cultura completamente diferente daquela que cresci.

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"António: 50 Anos de Humores", Sala 2 | de 1 junho a 28 de setembro

A exposição "António: 50 Anos de Humores" é uma celebração do notável percurso, trabalho e dedicação de António Antunes, uma figura icónica no mundo do cartoonismo. Com meio século de contribuições para a arte do Cartoon, esta exposição presta homenagem ao seu talento excecional.Ao longo da sua carreira, António Antunes tem sido uma voz incisiva e perspicaz, capturando os momentos mais marcantes da sociedade através de sátiras humorísticas. A sua habilidade em transmitir críticas sociais, políticas e culturais de uma maneira inteligente e humorística tornou-o uma figura de referência no panorama do Cartoon.

Na impossibilidade de se expor toda a vasta obra de António – afinal, há meio século que o caricaturista político tem vindo a retratar o mundo como ninguém –, foram selecionadas 130 peças marcantes dos últimos 50 anos para dar conta dos seus traços afinados, a inteligência mordaz, a capacidade de pensar a sociedade e fixar-lhe os momentos cruciais em rasgos humorísticos de génio que o tornam um nome incontornável no universo do cartoonismo.

António coleciona insólitos, personalidades, polémicas, acontecimentos políticos, culturais e sociais, numa análise independente que nos acompanhou nesta redescoberta da liberdade nas últimas cinco décadas. Um número redondo ao serviço da sátira que resulta agora na exposição homónima “António: 50 Anos de Humores”. Impossível ficar de maus humores com esta história do país e do mundo.

António Antunes - Biografia:

António Antunes nasceu em Vila Franca de Xira, em 1953. Cursou Pintura e iniciou-se posteriormente no cartoonismo a 16 de março de 1974, no jornal República, começando a colaborar no semanário Expresso no final do mesmo ano. É autor de Figuras de Lisboa, 50 caricaturas de personalidades relevantes da vida política, cultural e artística da cidade, realizadas em pedra encastrada, que constituem a animação plástica da estação “Aeroporto” do Metro de Lisboa. Comissário do Cartoon Xira e diretor do World Press Cartoon. Realizou exposições individuais um pouco por todo o mundo. Amplamente distinguido nacional e internacionalmente, destacam-se as condecorações, em 2005, com a Ordem do Infante Dom Henrique no grau de Grande Oficial e, em 2023, com a Ordem da Liberdade no grau de Comendador.

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"Recordar 'Aida' no Teatro Nacional de São Carlos, na Casa do Paço | 1 junho a 25 outubro

Esta exposição faz parte da lista das celebrações do Dia Mundial da Ópera, em Lisboa, que teve como mote "Bem-vindos à Ópera!"

Tem curadoria científica da Prof. Doutora Fernanda Rollo, fruto de trabalho desenvolvido em parceria entre o Organismo de Produção Artística (Opart), que tutela o TNSC, e a Universidade Nova de Lisboa, no âmbito do projeto “História, Memória e Património do Teatro Nacional de São Carlos”.

Esta mostra celebra o universo de uma das óperas mais icónicas de Giuseppe Verdi. Estreada em 1871 no Egito e em 1878 no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), esta obra-prima da tradição operática oferece uma síntese poderosa de música, drama e espetáculo visual. A exposição visa revisitar as montagens passadas da ópera no São Carlos e destacar o impacto cultural e artístico desta obra, que continua a fascinar públicos em todo o mundo.

Inclui a apresentação de memórias e testemunhos de pessoas que, ao longo dos anos, viveram o São Carlos de diferentes formas — como espetadores, artistas e técnicos. Entre esses relatos, destacam-se as memórias de grandes intérpretes que encarnaram papéis icónicos de Aida no São Carlos, partilhando uma visão pessoal e íntima das suas experiências no palco.

O património do São Carlos inclui extraordinárias coleções de figurinos, guarda-roupa, fotografias, telões, adereços e documentação histórica de inestimável valor e significado.

A exposição não é apenas um tributo a uma obra-prima, mas também um convite a refletir sobre a importância da valorização e disseminação do património cultural e do papel da ópera na sociedade contemporânea e a sua capacidade de atravessar fronteiras culturais, emocionais e temporais.

Esta mostra irá ainda ser acompanhada por 5 momentos culturais (música, ópera, teatro, workshops e tertúlias) a apresentar no Salão Nobre da Casa do Paço (uma vez por mês, entre junho e outubro, coincidindo o último momento com o Dia Mundial da Ópera – 25 de outubro).

Exposição de pintura e escultura na Magenta sobre África


Foi inaugurada no passado sábado à tarde, na Galeria dos Artistas pela Arte Magenta, uma exposição com várias obras de pintura e escultura, de artistas seus associados, sobre o tema África, cujo dia Mundial se comemorou no dia seguinte, domingo 25 de maio.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Seis artistas plásticas ucranianas reúnem arte e tradições na exposição 'Diálogos...Sobre Cultura e Conflitos' patente no Museu Municipal Santos Rocha!



O Museu Municipal Santos Rocha tem patente ao público uma nova exposição temporária "Diálogos... Sobre Cultura e Conflitos", que reúne um conjunto significativo de obras de artistas ucranianas que refletem, não só a sua arte e as suas tradições culturais, mas também as suas vivências desde que residem na Figueira da Foz.

A exposição pode ser visitada de forma gratuita até 21 de junho.

Cada uma das seis artistas plásticas participa com obras originais:

Tetiana Rybytska – Pintura; Vik Shpetna – Tapeçaria e cerâmica; Maria Markarian – objetos e tecidos da oficina criativa da família Markarian - ArtKomora - que dá a conhecer uma antiga técnica de estampagem de tecidos; Natali Zagori – Pintura; Alina Kryvoviaz – Pintura; Hanna Aleinikova – Fotografia a p/b de famílias ucranianas a residir na Figueira da Foz.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

"O Traço Ilustrado" – Serigrafia em exposição no CAE

O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz apresenta, de 9 de maio a 30 de julho, na Sala Afonso Cruz, a exposição "O Traço Ilustrado". Esta mostra realiza-se no âmbito da parceria entre o Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, o Centro Português de Serigrafia, e a editora Bruaá.

Nesta exposição, a poesia visual do livro encontra a linguagem da obra gráfica do Centro Português de Serigrafia. Ilustradores que dão vida ao papel através do livro transformam-se aqui em autores de edições de arte de exceção, onde cada mancha ou traço é cuidadosamente impresso, cor a cor.

Esta mostra reforça a parceria entre o Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, o Centro Português de Serigrafia, e a editora Bruaá, revelando afinidades entre o mundo da edição e da arte gráfica, propondo uma nova forma de olhar para a ilustração contemporânea — agora como obra de arte múltipla, acessível e duradoura.

Os artistas representados são os seguintes:

Alain Corbel, Alex Gozblau, Ana Ventura, André Letria, António Carmo, António Jorge Gonçalves, Bárbara Assis Pacheco, Camila Engman, Dorindo, Engrácia Cardoso, Jas, João Fazenda, Jorge Calero, Luís Delgado, Madalena Matoso, Manuela Bacelar, Maria João Worm, Susa Monteiro, Valerio Vidali, Valter Hugo Mãe, Violeta Lópiz.

domingo, 4 de maio de 2025

A AAAGP leva mais uma vez a sua Residência Artística ao CAE com o Prémio Bienal Mário Silva

A Associação da Amizade e das Artes Galego Portuguesa (AAAGP) celebra a inauguração da 8ª edição do Concurso Bienal Prémio Mário Silva, reafirmando o seu compromisso com a promoção da arte e da ligação entre culturas.

A AAAGP oferece diversas atividades, entre as quais aulas de pintura, workshops em artes visuais e escrita criativa. E no âmbito da sua Residência Artística no CAE realiza, de 1 a 25 de maio, o Prémio Bienal Mário Silva - Concurso Premiado.

Há 14 anos que foi implementado pela AAAGP o Prémio Mário Silva, em homenagem ao artista plástico. No género da Bienal, trata-se de um Salão premiado, em que a referida associação atribui um prémio monetário à obra vencedora. O artista vencedor terá, ainda, a possibilidade de expor a sua obra na Sala Zé Penicheiro.

Nesta edição, a ausência da presidente Conceição Ruivo foi notada, mas justificada por um motivo de grande alegria: o nascimento do seu terceiro neto. Em seu lugar, os restantes membros da direção deram seguimento à cerimónia com entusiasmo e emoção.

Exposição da artista chinesa Yilan Zeng patente na antiga sede da Junta de Freguesia de Maiorca

A Freguesia de Maiorca tem a decorrer um programa artístico, cultural e integrante sobre a Vila de Maiorca, a sua história, a sua comunidade, o seu povo e forma de vida.O programa “Street Art Maiorca” tem a autoria da artista de nacionalidade chinesa, arquiteta, especializada em design, Yilan Zeng, atualmente residente na vila, que convida artistas internacionais e nacionais a elaborar as mais diversas manifestações artísticas, envolvendo os temas "Eu & Maiorca" e "Maiorca em 100 anos".
A nova sede da Junta de Freguesia de Maiorca vai ser contemplada com um mural interior, da artista convidada Suola Zeng, que reside atualmente em Paris e veio a Portugal para participar em exclusividade neste programa.

A obra apresentada por esta artista, e outras obras à vista no exterior de diversos edifícios de Maiorca, são efetuadas com a utilização de tintas manufaturadas com produtos naturais, originários da freguesia e da região, como terra, carvão, flores, plantas e outras distintas matérias-primas de origem natural, excluindo-se na totalidade o uso de materiais químicos ou tóxicos, preservando ao limite a natureza.

Em Maiorca residem atualmente cidadãos oriundos da China, França, Alemanha, Venezuela, Colômbia, Ucrânia, Índia, Dinamarca, Brasil, Angola e Itália, tendo a grande maioria adquirido habitação quer em casas recentemente requalificadas quer em casas por restaurar, e encontram-se ligados na sua maioria ao mundo artístico, arquitetónico e cultural.

Maiorca torna-se assim um palco multi-cultural internacional, de distintas faixas etárias e diversas classes profissionais, servindo deste modo de "nova casa" a todos estes novos residentes. Por sua vez a Junta de Freguesia proporciona-lhes todo um envolvimento de integração, com a aplicação da hospitalidade que lhe é sobejamente reconhecida.

E convida:

“De 04 a 11 de maio visite o Salão Nobre da antiga sede da Junta de Freguesia de Maiorca, entre as 11h00 e as 16h00, e surpreenda-se com a exposição "Minorca? Maiorca!" da artista chinesa Yilan Zeng.”

Exposição “The Drawlab Bones & Slides” funde desenho e música que público pode escutar através de códigos QR!

“The Drawlab Bones & Slides” é uma exposição inovadora, patente na Sala de Ilustração do CAE, que funde o desenho com a música. O projeto de Hugo Pedrosa apresenta 20 desenhos baseados num álbum de músicas originais. Através de códigos QR distribuídos pela galeria, o público poderá escutar, na íntegra, o álbum que serve de banda sonora para a exposição, dando vida às personagens e paisagens ilustradas pelo artista.

Os desenhos mostram influências de mangá, cartoonismo, abstracionismo e realismo, entrelaçados numa sonoridade alternativa, que explora o jazz com o rock e a música experimental, através do trombone como solista principal nas composições. O disco conta com o lançamento de vários singles. O primeiro, intitulado “Powerbrasser”, foi lançado no passado dia 21 de março, em todas as plataformas streaming. Esta música conta com João Maneta, na bateria, Diogo Lapo, no baixo elétrico e Hugo Pedrosa no trombone, guitarra elétrica e produção musical.

Inaugurada a 1 de maio, a expo estará patente até 8 de junho.