domingo, 6 de outubro de 2024

Andreia Pinho expõe 'Bestiário do Imaginário' na Sala Zé Penicheiro do CAE

'Bestiário do Imaginário' é uma retrospeção do percurso multidisciplinar que Andreia Pinho tem vindo a traçar desde 2021 e que engloba diversas metodologias como o desenho, a cerâmica, a investigação e a assemblagem.

O trabalho de Pinho aborda vários conceitos de investigação relacionados com a natureza e o mundo fantástico português. O seu universo é composto por diversos elementos grotescos e conceitos como máscaras, a morte, diabos, mouras, maruxinhos, entre outros. Estas figuras, por vezes populares, são reinterpretadas em peças únicas feitas com argilas naturais recolhidas e processadas pela artista, complementadas com elementos orgânicos como plantas, borboletas, ossos, conchas, musgo seco, ou, por vezes, objetos ou artefactos encontrados ou comprados em feiras de antiguidades.

Na sua prática, a artista desenvolve uma relação entre a natureza, o imaginário e o oculto, bem como levanta questões acerca do natural, da condição humana, do onírico, do acaso, dos materiais, processos e ferramentas. A construção deste universo tão imaginário quanto tangível pode ser testemunhado nesta exposição que promete suscitar memórias ou possíveis narrativas e desassossegar o espírito.

Patente desde 4 de outubro a 3 de novembro.

Nuno Furet deambulou e tirou fotografias pelos arrozais do Baixo Mondego que agora mostra no CAE

De 4 de abril de 2020 a 5 de abril de 2021 Nuno Furet retratou o ciclo do tempo e da vida nestes magníficos campos do Baixo Mondego, nomeadamente junto aos rios Mondego, Foja e Pranto, não se cingindo, apenas, ao ciclo do arroz, mas, também, à fauna que se acolhe a estas paisagens e ao património histórico que, desde há séculos, nelas se aninha. Desse levantamento fotográfico resultou o livro "Um ano nos arrozais do Baixo Mondego - Uma deambulação fotográfica" que está na base desta exposição.

Naquela que é uma característica e opção estética do autor, todas as fotografias foram tiradas sem recorrer a qualquer artifício técnico, como filtros de lente ou outras manipulações, na altura ou a posteriori. A intenção foi mostrar o cenário como ele é, sem o retocar para além da atmosfera e luz solar do momento.

Patente de 5 de outubro a 24 de novembro na Sala Afonso Cruz do CAE.