quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Exposição: Obra Cenográfica de José Manuel Castanheira - "Cenografia" patente no CAE até janeiro

O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz informa que estará patente, de 21 de outubro a 14 de janeiro na Sala 2 e 3, a Exposição Retrospetiva da Obra Cenográfica de José Manuel Castanheira - "Cenografia". 
José Manuel Castanheira (Castelo Branco,1952) é arquiteto, cenógrafo, pintor e professor. Conta com mais de 250 criações cenográficas (teatro, ópera, cinema, dança) tendo trabalhado em 13 países com 80 encenadores. 
Em 1994 dirigiu com Georges Banu e Yannis Kokkos o workshop Mutations de la scénographie contemporaine no Festival d’Avignon. Em 1993 o Centre Georges Pompidou, em Paris, apresentou uma retrospetiva da sua obra. Em 1995 integrou o júri mundial da Quadrienal de Cenografia e Arquitetura Teatral de Praga. Fez várias exposições de pintura e/ou cenografia, nomeadamente no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, no Centro Cultural de Belém, no MEIAC, em Badajoz, na Casa da Cerca, em Almada, e no Teatro Maria Guerrero, em Madrid. 
Doutorado em Cenografia e Arquitetura, é professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa desde 1982 e também na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Foi administrador do Teatro Nacional D. Maria II entre 2006 e 2008. Em 2011 fundou o SCENA/ Encontros Internacionais de Cenografia e já este ano a International Academy of Scenography. Pertence ao Conselho Científico do Instituto Europeu de Cenografia (Grenoble) e à Associação Portuguesa de Cenografia, da qual é membro fundador. Recebeu vários prémios, nomeações e distinções nacionais e internacionais e, em 2010, foi designado membro da Real Academia de Belas Artes de Cádiz. É autor de vários livros: Castanheira-Cenografia (2013), Desenhar Nuvens (2014), O tempo das Cerejas (2016). 
As cenografias de José Manuel Castanheira conjugam o exterior e o interior com uma arte consumada, mas secreta, poderosa e desconcertante. Propõem composições mentais. Mantêm no palco a coabitação da natureza e da cultura, que a vida muitas vezes desassocia e só o palco alia. Castanheira não foi, como tantos outros cenógrafos, o companheiro privilegiado de um único encenador e, quando se olha para a sua “obra”, efetua-se uma verdadeira visita ao panorama teatral português. Quanto à sua fidelidade, não a consagrou a um companheiro único mas ao teatro, uma vez que o conjunto de cenografias que se estende diante dos nossos olhos testemunha uma verdadeira disponibilidade, uma confiança nunca desmentida na expressão de um artista livre que pode passar sem restrição da arborescência barroca à redução íntima, da expansão dos materiais “cénicos” cujo artifício é assumido à virtude moral dos trabalhos em madeira e dos tecidos presentes na sua expressão mais pura. A sua “obra” não se situa sob o signo do único, mas do múltiplo, do heterogéneo, do diverso, em suma, de uma energia visual que não deixa de deslumbrar sem nunca se esgotar. = Georges Banu (excerto adaptado do prefácio “Uma obra cenográfica, uma verdadeira obra” in Castanheira-Cenografia). 
No dia 4 de novembro, pelas 15h30, no Pequeno Auditório, irá ter lugar uma tertúlia sobre “Arquitetura Efémera”, com a presença do arquiteto José Manuel Castanheira e alguns convidados, seguida de visita guiada à exposição “Cenografia”. 
Entrada gratuita.

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